sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Já fiz meditação para alívio da dor, e achei positiva. Não deixa de doer, nem substitui todos os medicamentos, mas a percepção com que fico da dor é diferente. Existem estudos que demonstram que a meditação muda a forma como o cérebro processa a dor.
Gosto muito de me sentar numa cadeira de pano suspensa, cruzar as pernas, e ficar num suave baloiçar que parece flutuar, a ouvir os pássaros chilrear uma melodia que soa sempre bem, independentemente da quantidade de intervenientes alados, conseguem estar sempre afinados e em sintonia.
A parte mais difícil para mim é o “esvaziar da mente”. Parece-me impossível estar consciente e deixar de pensar, ou melhor, deixar de divagar pelos pensamentos. É-me impossível não pensar, por isso, foco o pensamento concentro-me na respiração, na pulsação, no sentir do corpo e quando começo a divagar (porque acabo sempre por fazê-lo) noto simplesmente que isso está a acontecer e trago-me de volta, sem stress. Por vezes consigo sentir o corpo sem peso, como se pudesse sair dele e voar por aí, desincorporar-me. E é uma sensação bastante agradável.

Estou ainda a aflorar esta forma de estar e sentir, mas não deixo de me fascinar com os resultados. A prática de meditação regular, aliada ao exercício físico, acalma-me, faz-me olhar para as minhas inquietações noutra perspectiva vista de cima, e daqui parecem mais pequenas e fáceis de resolver e controlar.

Sem comentários:

Enviar um comentário