sábado, 29 de setembro de 2018


Este sentimento que domina este pequeno país onde vivemos, todos os dias acontece algo que não devia acontecer. Porque há um sentimento de impunidade, deitam beatas de cigarros para o chão, um papel, uma pastilha, um flyer colocado no carro! Homens urinam contra a parede mais próxima, as mulheres já o fazem, as ruas cheiram a urina, porque ninguém os irá repreender, autuar, prender. Apenas porque toda a gente pode! Deixam o lixo ao lado do contentor, custa abrir, cheira mal, alguém irá limpar, voltam impunes para casa. Levam o cão à rua, não apanham as suas fezes, esqueceram se do saco, fica para a próxima, se alguém olha de lado, levantam a cabeça e ignoram. Impune, o patrão vende o que pode, comandante do navio salva o que pode, para o bolso dele, deixa o resto, famílias na miséria, abre falência, volta para casa, para uma mesa farta, contrastando com as mesas daqueles que lhe deram dinheiro a ganhar, come, impune. O político corta tudo ao povo e ao povo tudo cobra, enquanto enche os seus bolsos, recebe por baixo da mesa, por cima, de lado, por vezes é apanhado, mas os anos passam, ele goza a fortuna, o povo esquece, ele sai impune. Matam por nada, porque nada equivale a uma vida humana, por ganância, arrogância de pensar que... sairá impune, perde-se uma vida, mata-se o pai do filho, é apanhada, já nem a mãe o filho tem, porque a mãe pensava sair... impune, mas não. A impunidade é o sentimento que reina, em algo tão banal como deitar uma beata no chão ou no imperdoável ato de tirar uma vida. As autoridades essas, coitadas, vêem as suas altas patentes acusadas dos mais diversos crimes, ganha força o criminoso. Que autoridade tem a autoridade quando a própria autoridade se transforma naquilo que deveria combater? Isto porque a própria autoridade sente também ela o sentimento de impunidade, “a mim ninguém me toca”, pensam eles no último andar, mas tocam, aqueles que um dia sonharam viver num mundo melhor, mais justo, mas haverá justiça onde, quem de nós toma conta, o Estado virá as costas (Costa?). Faz-se greve, pára a cidade, aqui estaciono, com a cobertura do Estado, e vou para casa, e que se lixe o resto, está seguro aqui a viatura, está aqui a autoridade a tomar conta, a mesma autoridade que não pode estar presente nos locais onde se propícia os verdadeiros crimes, não pode, não os mandam para lá, é preciso discutir o assunto, tanto se discute e não se chega a lado nenhum. Os números aumentam todos os anos, a mata arde e alguém que mata, no lume brando da impunidade, não vale a revolta, deram-nos liberdade e dela fizemos a libertinagem. Algo tem de ser feito, tem que se começar por algum lado ... ou talvez já se vá tarde?! ...

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

 Isto tudo num dia ...

Inaugurei a ida um novo Centro de Saúde, que fica a 5 minutos de minha casa.
Mas, a médica era espanhola ... recebeu agarrada ao telemóvel.
Entretanto na farmácia que é mesmo ao lado, a empregada brasileira, recebeu-me a fazer o mesmo.

Não que ache mal, mas pronto.

sábado, 15 de setembro de 2018

                Livros





Toda a gente tem um capítulo, 
que não lê em voz alta.