terça-feira, 21 de junho de 2022

 

Tem alturas que me apetece fazer o balanço das coisas. Não era para haver balanço, mas depois achei que me faz bem vir aqui escrever.

Nestes dois anos não me apaixonei, mas mantive um amigo, ouve afastamento de outro e os meus familiares também se afastaram. Vivi com alguma tristeza estes afastamentos, mas como já descrevi, quem se afasta é porque não está interessado, nesse sentido tenho que respeitar.

Concretizei algumas coisas que me fizeram feliz e desejo-me sorte para que se continue a concretizar, também irei fazer por isso.

Falei pouco, pensei e senti coisas sem sentido influenciada pela raiva ou pela alegria desmedida. Senti ciúme. Mas não me senti a última dança de ninguém. Parei de procurar. Desanimei. Quis estar fechada em casa desejei sair para todo o lado sem destino. Desejei que me vissem com outros olhos. Desiludi-me.

Senti algum frio na barriga, poucas vezes, mas senti. Fiz planos, adiei outros. Mas nunca desisti de mim nem de nada no qual acredito. Fui traçando alguns objetivos. Dei amor. Não senti amor. Tive gestos de ternura que ninguém percebeu. Talvez tenha sido alvo de outros. Mas o que conta é que as atitudes ficam com quem as pratica. Dei algumas gargalhadas, gritei. Chorei em vários caminhos até casa. E dei graças por ter onde chegar.

Tenho-me apercebido, com alguma tristeza que apenas atraio homens "pobres" não é que procure riqueza, mas, caraças, gostava tanto que me convidassem para uma saída, nem que fosse um café, de preferencia longe de minha casa.

Pensei em alguns disparates. Tenho aprendido que antes de falar tenho de pensar. Porque nem toda a gente tem obrigação de me conhecer e pode existir mal-entendido. Aprendi, aprendi muito. Caí. Dei voltas e mais voltas para chegar a sítio nenhum. Senti falta. Senti um bocadinho de saudade. Porque é sempre apenas um bocadinho. Rezei algumas vezes por mim. Resmunguei. Disse mal. Reduzi o comer carne. Comecei com uma vida mais saudável. E por isso, e por muito, muito mais, só tenho de agradecer.

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