quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

E em desespero escreveu:

Não gosto de mim, não sou suficientemente importante na vida e no mundo dos outros. Acho-me pouco ou nada importante, pouco ou nada interessante, pouco ou nada diferente, pouco ou nada de tudo o que as outras têm de muito. Não sou bonita. Não sou alta. Não sou elegante. Não tenho pele de seda. Não tenho os dentes alinhados. Não visto de forma elegante. Não uso roupas sedutoras. Não sou extrovertida. Não comunico com facilidade. Não sei dizer o que sinto. Não sou nada do que desejava ser. Acho que não acrescento nada à vida dos outros, e que nunca ninguém vai gostar o suficiente de mim. Talvez não seja digna de amor. Todas as relações que tive falharam, por minha culpa embora não saiba bem porquê. Talvez pela minha desarmonia física, pela falta de beleza, pela falta de presença. Tenho algumas coisas de errado em mim, que me fazem sentir tão insignificante na vida dos outros... Acho que sou única no mundo, que todas as outras mulheres não sentem isto que sinto...

Se alguém a vir ou encontrar, diga-lhe:

Por favor que é única e especial, incomparável e irresistível no mundo das mulheres. Que todas as mulheres se constroem pelo que são e que toda a aparência nasce pela forma como endireitamos a cabeça e colocamos os ombros. Digam-lhe também, que para além de ter de aprender a levantar a cabeça, para aprender a cuidar de que vive dentro de si, para aprender a gostar de si e para dar a si, o seu devido valor. Digam-lhe também, que os relacionamentos que teve, nada dizem de si e do seu valor, e que os homens não são sinónimo de “o mundo todo”. Digam-lhe que se aprenda a amar de forma incondicional porque depois disso tudo será diferente ... tudo.

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