Tem alturas que me apetece fazer
o balanço das coisas. Não era para haver balanço, mas depois achei que me faz bem vir aqui escrever.
Nestes dois anos não me
apaixonei, mas mantive um amigo, ouve afastamento de outro e os meus familiares
também se afastaram. Vivi com alguma tristeza estes afastamentos, mas como já
descrevi, quem se afasta é porque não está interessado, nesse sentido tenho que
respeitar.
Concretizei algumas coisas que me
fizeram feliz e desejo-me sorte para que se continue a concretizar, também irei
fazer por isso.
Falei pouco, pensei e senti coisas sem sentido influenciada pela raiva ou pela alegria desmedida. Senti ciúme. Mas não me senti a última dança de ninguém. Parei de procurar. Desanimei. Quis estar fechada em casa desejei sair para todo o lado sem destino. Desejei que me vissem com outros olhos. Desiludi-me.
Senti algum frio na barriga, poucas vezes, mas senti. Fiz planos, adiei outros. Mas nunca desisti de mim nem de nada no qual acredito. Fui traçando alguns objetivos. Dei amor. Não senti amor. Tive gestos de ternura que ninguém percebeu. Talvez tenha sido alvo de outros. Mas o que conta é que as atitudes ficam com quem as pratica. Dei algumas gargalhadas, gritei. Chorei em vários caminhos até casa. E dei graças por ter onde chegar.
Tenho-me apercebido, com alguma tristeza
que apenas atraio homens "pobres" não é que procure riqueza, mas,
caraças, gostava tanto que me convidassem para uma saída, nem que fosse um
café, de preferencia longe de minha casa.
Pensei em alguns disparates.
Tenho aprendido que antes de falar tenho de pensar. Porque nem toda
a gente tem obrigação de me conhecer e pode existir mal-entendido. Aprendi,
aprendi muito. Caí. Dei voltas e mais voltas
para chegar a sítio nenhum. Senti falta. Senti um bocadinho de saudade. Porque
é sempre apenas um bocadinho. Rezei algumas vezes por mim. Resmunguei. Disse
mal. Reduzi o comer carne. Comecei com uma vida mais saudável. E por isso, e por muito, muito mais, só tenho de agradecer.
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