Já fiz meditação para alívio da
dor, e achei positiva. Não deixa de doer, nem substitui todos os medicamentos,
mas a percepção com que fico da dor é diferente. Existem estudos que demonstram
que a meditação muda a forma como o cérebro processa a dor.
Gosto muito de me sentar numa
cadeira de pano suspensa, cruzar as pernas, e ficar num suave
baloiçar que parece flutuar, a ouvir os pássaros chilrear uma melodia que soa
sempre bem, independentemente da quantidade de intervenientes alados, conseguem
estar sempre afinados e em sintonia.
A parte mais difícil para mim é o
“esvaziar da mente”. Parece-me impossível estar consciente e deixar de pensar,
ou melhor, deixar de divagar pelos pensamentos. É-me impossível não pensar, por
isso, foco o pensamento concentro-me na respiração, na pulsação, no sentir do
corpo e quando começo a divagar (porque acabo sempre por fazê-lo) noto
simplesmente que isso está a acontecer e trago-me de volta, sem stress. Por
vezes consigo sentir o corpo sem peso, como se pudesse sair dele e voar por aí,
desincorporar-me. E é uma sensação bastante agradável.
Estou ainda a aflorar esta forma
de estar e sentir, mas não deixo de me fascinar com os resultados. A prática de
meditação regular, aliada ao exercício físico, acalma-me, faz-me olhar para as
minhas inquietações noutra perspectiva vista de cima, e daqui parecem mais
pequenas e fáceis de resolver e controlar.
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